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Como é feita uma Tampa para Aerossol de medida 57mm

  • Foto do escritor: Leticia Savi
    Leticia Savi
  • 15 de dez. de 2023
  • 7 min de leitura

Atualizado: 23 de fev. de 2024


Como é feita uma Tampa para Aerossol de medida 57mm


Saber como é feita uma tampa para aerossol de medida 57mm pode te auxiliar na hora de comprar as tampas que precisa para sua empresa e seus produtos.

Se você compra insumos para sua empresa, imagino que deva querer algo com boa qualidade e o preço mais barato possível. Certo?

Você sairá desse conteúdo sabendo como é o processo de fabricação e as interferências que podem ocorrer e alterar os preços das tampas no final.

Você verá:






1. Escolha de matéria prima

A maior parte do custo de uma tampa plástica para aerossol é a matéria prima. O preço desse produto é bastante variável, podendo ser alterado todos os meses.

Além disso, a qualidade do material bem como a quantidade comprada pode alterar o preço e o resultado final do produto. Dessa forma: material melhor = tampa de aerossol de melhor qualidade. Essa é a fórmula.

No entanto, hoje em dia existem diversos materiais no mercado que não são tão caros e nos mostram um bom desempenho e resultado final.

Mas o ponto principal desse tópico é a escolha que, de fato, faz diferença na tampa no final do processo, tanto na questão do preço quanto na questão de qualidade. Eu quero te falar sobre matéria prima virgem e reciclada.

A matéria prima virgem é transparente e é utilizada sozinha. Portanto, tampas transparentes costumam ser mais baratas que tampas coloridas.

Quando se pretende fazer tampa colorida, além da matéria prima transparente, é necessário utilizar pigmento e isso é caro. Alguns chegam a custar mais de 150 reais o quilo, sendo que para a produção de 200.000 tampas de aerossol, de medida 57mm, de cor vermelha, por exemplo, utiliza-se, em média 35 quilos, ou seja, 5.250 reais apenas com o custo de pigmento.

Então, é natural que as tampas coloridas sejam mais caras!

Já a matéria prima reciclada é diferente. Ela pode ser mais barata ou até mais cara que a matéria prima virgem. 

As que são mais caras são em razão da tecnologia utilizada durante a transformação do produto de origem em material próprio para processo de injeção com as melhores propriedades, como fluidez e resistência a impacto.

As que são mais baratas são próprias para o processo de injeção também, é claro, mas não demandam tanta tecnologia quanto a outra. Essas costumam ser mais baratas que a matéria prima virgem, no entanto, o baixo preço pode vir acompanhado de alguns problemas.

As matérias primas recicladas coloridas, em geral, não possuem controle de cor. Ou seja, apesar de se comprar matéria prima reciclada vermelha, é difícil que todas as tampas saiam com a mesma tonalidade. Assim, há diferença de cor entre uma peça e outra, que não é muita, mas tem!

Além disso, o processo de injeção com o material reciclado costuma ser mais lento. Dessa forma, nessa questão de tempo de máquina, o custo fica maior.

Para quem tem bons fornecedores de pigmento (como nós, ainda bem!), é possível desenvolver um pigmento para estabilizar a cor do produto final mesmo utilizando o material reciclado.

No entanto, com a utilização do pigmento, o custo da peça  aumenta um pouco.




2. Processo de injeção

É com a matéria prima que se torna possível começar o processo de injeção. 

Nessa etapa, precisa-se de conhecimento para programar a máquina para que as cavidades do molde sejam preenchidas de forma adequada, bem como para evitar defeitos e controlar a temperatura e pressão.

Esses são os comandos básicos que precisam de conhecimento técnico.

Algumas tampas são mais simples. Outras, mais complexas. Por exemplo, para fazer uma tampa com determinado efeito é necessário realizar ajustes no processo de injeção para que esse efeito seja percebido.

Além disso, algumas matérias primas ou pigmentos precisam de uma programação diferente em razão das suas propriedades, assim como ocorre quando a tampa possui uma garra ou quando é fosca.

Cada detalhe influencia no processo de injeção, podendo aumentar ou diminuir o tempo total para a produção.

Um dos grandes problemas no processo de injeção é a temperatura. Quando estão acima ou abaixo do ideal geram defeitos na tampa, atrapalhando a produtividade. 

Para melhor controle, é utilizado equipamentos específicos para que a produção ocorra de forma fluida sem produtos defeituosos.




3. Constante análise da qualidade das peças injetadas

Apesar de usar uma máquina, o processo de injeção requer atenção de uma pessoa que saiba controlar a máquina para que a peça não saia com defeito.

Após os ajustes necessários entre uma produção e outra, se faz a verificação da qualidade das tampas. Nessa hora, em geral, são analisadas: a espessura da tampa, a cor, os detalhes (garra e travas, por exemplo) e se possui rebarba.

É normal que as primeiras tampas tenham defeitos ou saiam com cores diferentes das que são exigidas. Essas “produções defeituosas” podem ter diversas destinações. Aqui na empresa, nós reaproveitamos da seguinte forma:

Todas as tampas que não estão dentro do padrão, são moídas e utilizadas na produção de tampas pretas. Aliás, não somos os únicos que fazemos isso. A LEGO também faz! Existe um vídeo no YouTube onde eles mostram essa prática.

Para verificar a espessura da tampa é utilizado um paquímetro, pois é o instrumento que mede os milímetros que tem a parede de uma tampa de aerossol.

Com essas medições constantes a cada leva de produção é possível ver se é necessário fazer algum ajuste no ferramental, que é o molde. Muitas vezes, é preciso de um ajuste de centésimos de milímetro. Um micro detalhe, mas que faz diferença.

A utilização constante dos moldes também acaba retirando o polimento deles e, como consequência, a tampa não fica com o melhor acabamento possível. 

Ao notar isso, é hora de levar o molde para polir!





4. A embalagem pode alterar o formato da tampa

Após a produção, chega a hora de embalar as tampas! E, aqui, tem um detalhe que precisa ser considerado: as tampas são finas e a embalagem faz diferença em como o produto chegará até a sua empresa.

Há duas opções de embalagem: sacos plásticos e caixa de papelão.

Os sacos plásticos diminuem o custo e, como consequência, o valor final do produto. No entanto, não são capazes de proteger as tampas da melhor forma, pois com o peso na hora de empilhar os sacos, as tampas podem ficar um pouco ovalizadas.

Se a tua empresa trabalha com tampagem manual, não há problema. As tampas conseguirão ser colocadas nas latas de aerossol com facilidade. 

No entanto, se o processo de tampagem é automático, é possível que você encontre dificuldades.

Portanto, se o processo é automático, pode ser que a melhor embalagem escolhida para armazenar as tampas seja a caixa de papelão, pois dessa forma conseguirá preservar o formato das tampas, sem ter problemas de encaixe. Mas, é possível testar para ver como ficará esse processo com as tampas embaladas em sacos plásticos.




5. Limpeza de molde

Para bom acabamento das tampas e para boa preservação dos moldes, é necessário realizar a limpeza com regularidade.

A limpeza evita um grande problema: a corrosão.

Pode parecer simples esse processo de limpeza, mas, com certeza, não é. Ele precisa de uma atenção especial e cada cavidade deve ser bem limpa.

O processo de limpeza de um molde de 4 cavidades dura, em média, 2 horas. Ao mesmo tempo que precisa de uma limpeza efetiva, é necessário ter delicadeza, pois o material pode ser danificado sem esforço.




6. Principais fatores que influenciam no preço das tampas

Na hora de definir o preço de um produto, é levado em consideração tudo o que é utilizado para obter o resultado final, mas tenho certeza que disso você já sabe.

Aqui, eu vou te trazer aquilo que mais impacta o preço das tampas e onde o cliente em conjunto com o fornecedor podem chegar a um acordo e economizar.

Peso da tampa: quanto maior o peso, mais material será colocado, maior o tempo de ciclo de injeção e, no fim, maior será o custo. 

Matéria prima: há vários tipos de matéria prima (como já havia explicado no primeiro tópico). Cada uma delas possui um valor, mas também poderá ser um diferencial a quantidade comprada.

Por exemplo: se o cliente quer uma tampa mais barata, pode negociar com o seu fornecedor a quantidade de tampas suficientes para baratear o custo com matéria prima. 

A compra de 8 pallets pelo fornecedor, por exemplo, pode ter um custo menor (por kg) do que se comprado 2 pallets. Assim, a unidade de tampa em um pedido de 1 milhão e meio de tampas pode ser mais barata que a unidade de tampa em um pedido de 200.000 tampas.

Tempo de ciclo: quanto menor o tempo de ciclo, maior a quantidade de peças em um determinado tempo e, por consequência, menor o custo de produção de cada tampa. Mas é preciso de bastante habilidade técnica para deixar um ciclo curto sem causar defeitos nas peças.

Embalagem: enquanto um saco custa menos de 1 real, cada caixa de papelão gira em torno de 6 reais, sendo que em ambos cabem a mesma quantidade de tampas. Sendo assim, é claro que a embalagem acaba contribuindo para o aumento ou diminuição do preço.

Se a tampagem do seu produto de aerossol é manual, experimente pedir para que o fornecedor use sacos na hora de embalar. Depois você verifica se isso funciona para sua empresa ou não. Caso o resultado seja positivo, essa será uma forma baratear o preço final de cada tampa.




Conclusão

As tampas são produtos simples e complexos ao mesmo tempo. Requer habilidade e conhecimento técnico para não só realizar a produção de forma eficiente, como também para economizar onde é possível.

Com esse conteúdo, você que está procurando um fornecedor de tampas para aerossol, de medida 57mm ou até mesmo outras medidas, sabe como funciona o processo e ainda como, junto com o seu fornecedor escolhido, chegar a um custo mais baixo (quando possível e necessário).







Fornecedor de tampas para aerossol


Leticia Savi

Comunicação e vendas da Martins Plásticos - MARPLA

 
 
 

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